Dicas de Nutrição

Alguns alimentos são bem parecidos entre si e podem nos dar a impressão de que tanto faz consumir um quanto o outro, pelo menos no que diz respeito à saúde e nutrição, mas não é bem assim, confira abaixo algumas dicas.

Bife ao ponto ou bem passado ?
Dê preferência à carne ao ponto. A altíssima temperatura a que a carne é exposta para deixá-la bem passada é um perigo. Altera as propriedades do alimento e facilita a liberação de substâncias cancerígenas. Se o bife for feito na brasa, pior ainda. A queima do carvão aumenta ainda mais a presença dessas substâncias. O problema da carne malpassada é o risco de contaminação por bactérias.

Filé de salmão ou posta de salmão ?
Fique com a posta. Além de mais saborosa, ela contém ácido graxo ômega-3, que tende a se concentrar ao redor da espinha do peixe. O ômega-3 é um tipo especial de gordura que ajuda na prevenção contra infartos e derrames, ao baixar os níveis de triglicérides e LDL, o colesterol ruim.

Lombo de porco ou coxa de frango ?
É puro mito essa história de que as carnes de aves são sempre mais saudáveis que a de porco.

É preciso levar em conta que os diversos cortes das carnes apresentam uma composição nutricional diferente. O lombo de porco, por exemplo, tem menos gordura saturada (a pior de todas as gorduras) e menos colesterol que a coxa de frango com pele. Já esta sem pele é melhor que o lombo.

Ovo branco ou caipira ?
Caipira. O ovo caipira possui concentrações mais elevadas de carotenóide que o ovo branco. Trata-se da substância responsável pela cor alaranjada ou amarelada de diversos alimentos. O carotenóide faz bem à pele e à visão.

Azeite virgem ou extra-virgem ?
Extraído da primeira prensagem da azeitona, o azeite extravirgem é menos ácido e de melhor qualidade que o azeite virgem. Além disso, possui um teor mais alto de substâncias que ajudam a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares – os compostos fenólicos e os ácidos graxos.

Amendoim ou Castanha-do-Pará ?
Diferentemente do amendoim, a castanha é rica em gorduras benéficas: as monoinsaturadas e as poliinsaturadas, que ajudam a baixar os níveis de colesterol ruim e aumentar os de colesterol bom. Além disso, contém selênio, mineral que previne alguns tipos de câncer, entre eles o de próstata. Já o amendoim tem altas concentrações de gordura saturada, aquela que, em excesso, pode levar ao entupimento arterial.

Queijo branco light ou ricota ?
Do ponto de vista calórico, os dois tipos de queijo são semelhantes – 40 calorias, em média, por fatia (o equivalente a 30 gramas). Opte, no entanto, pelo queijo branco, porque ele oferece 30% a mais de cálcio – 130 miligramas por fatia. O mineral é um grande aliado da saúde dos ossos.

Fonte: Veja Online
nutricionistas: Cristina Menna Barreto, Mariana Del Bosco e Fabiana Jarussi

Você é um mutante ?

TOLERAR LEITE NA VIDA ADULTA É FRUTO DE MUTAÇÃO GENÉTICA, AFIRMA ESPECIALISTA.

01/04 - Tomar leite parece algo inerente à humanidade. Mas segundo médicos, só as crianças estão verdadeiramente preparadas para isso. Segundo Rejane Mattar, médica responsável pelo laboratório da gastroenterologia do Hospital das Clínicas, quem tolera leite na idade adulta sofreu uma mutação genética. Ou seja, o "normal" seria que todas as pessoas fossem intolerantes ao leite após a infância. "Os mamíferos foram feitos para tomar leite só quando são filhotes. A humanidade sofreu uma mutação", explica. "O ser humano nasce para ingerir leite até os dois anos de vida", ressalta Fabrício de Almeida Dominguez, gastroenterologista da Unifesp. A partir dessa idade, a produção da enzima começa a cair. Existem três tipos de intolerância à lactose. A mais comum acontece depois de uma certa idade, que vai desde a infância até a velhice, e a pessoa passa a não suportar a lactose. A mais rara e grave é a congênita, quando o bebê nasce sem tolerar nem o leite materno. É marcada por diarréia forte logo nos primeiros dias de vida. A temporária ocorre após infecções intestinais. A membrana do intestino fica tão machucada que as células -responsáveis pela produção da lactase- são afetadas. Costuma durar até duas semanas.

Fonte: Folha de São Paulo